Uma Terra Melhor

Vindo habitar conosco, Jesus devia revelar Deus tanto aos homens como aos anjos. Ele era a Palavra de Deus - o pensamento de Deus tornado audível. Em Sua oração pelos discípulos, diz: "Eu lhes fiz conhecer o Teu nome" - misericordioso e piedoso, tardio em iras e grande em beneficência e verdade - "para que o amor com que Me tens amado esteja neles, e Eu neles esteja". João 17:23.

 Mas não somente a Seus filhos nascidos na Terra era feita essa revelação. Nosso pequenino mundo é o livro de estudo do Universo. O maravilhoso desígnio de graça do Senhor, o mistério do amor que redime, é o tema para que "os anjos desejam bem atentar", e será seu estudo através dos séculos sem fim. Mas os seres remidos e os não caídos encontrarão na cruz de Cristo sua ciência e seu cântico.

 Ver - se - á que a glória que resplandece na face de Jesus Cristo é a glória do abnegado amor. À luz do Calvário se patenteará que a lei do amor que renuncia é a lei da vida para a Terra e o Céu; que o amor que "não busca os seus interesses" (1 Coríntios 13:5) tem sua fonte no coração de Deus; e que no manso e humilde Jesus se manifesta o caráter dAquele que habita na luz inacessível ao homem.

Eu vi uma terra melhor
Mas, como está escrito: Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que O amam. 1 Coríntios 2:9
Como adventistas do sétimo dia, somos movidos pela esperança de “uma terra melhor”.

 Deus mostrou a Ellen White esse novo lar em detalhes. Naquela que foi sua primeira visão, ela subiu “mais e mais alto da escura Terra” (Primeiros Escritos, p. 14). Enquanto se distanciava, escutou uma voz que dizia: “Olha novamente, e olha um pouco mais para cima” (ibid.).

 Seus olhos encontraram um “caminho reto e estreito” por onde andava o povo do advento, viajando para a cidade que se achava na extremidade mais afastada.

“Se conservavam o olhar fixo em Jesus, que Se achava precisamente diante deles, guiando-os para a cidade, estavam seguros” (ibid.). Alguns ficavam cansados pela viagem tão longa e difícil, mas Jesus os animava. Outros negavam que Deus estivesse guiando Seu povo, tropeçavam e caíam, voltando para o mundo (ibid., p. 15).

Ellen diz que os perseverantes tiveram o privilégio de ouvir o dia e a hora da volta de Jesus e, na sequência, viram a pequena nuvem que cresceu, revelando o retorno do Filho do Homem em grande glória, com milhares de anjos.

Todos os salvos viajaram por sete dias até o mar de vidro, onde receberam sua coroa das mãos de Jesus. Seus olhos viram uma grande cidade, um campo cheio de flores, animais de todas as espécies vivendo em harmonia e uma mesa de prata, com muitos quilômetros de comprimento.

Ela viu o fruto da árvore da vida, que era “esplêndido; tinha o aspecto de ouro, de mistura com prata” (ibid., p. 17). Pediu a Jesus para comê-lo, mas Ele disse: “‘Agora não. Os que comem do fruto deste lugar não mais voltam à Terra. Mas, dentro em pouco, se fores fiel, não somente comerás do fruto da árvore da vida mas beberás também da água da fonte.’

 E disse: ‘Deves novamente voltar à Terra e relatar a outros o que te revelei.’ Então um anjo me trouxe mansamente a este mundo escuro. Algumas vezes penso que não mais posso permanecer aqui; todas as coisas da Terra parecem demasiado áridas. Sinto-me muito solitária aqui, pois vi uma terra melhor” (ibid., p. 19, 20).

Essa esperança em breve se tornará realidade. Permaneça firme no caminho estreito, tirando os olhos da Terra e colocando seu coração no Céu para também herdar esta “terra melhor”.

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